sábado, 27 de setembro de 2008

Educacao pode dar Certo

A recente fomentação de preparo dos conselheiros escolares através do MEC é sem dúvida uma das maiores ferramentas para o progresso do processo democrático em nossas escolas, onde os Conselhos Escolares se bem trabalhados podem fazer a diferença em todo o processo de Gestão e consequente melhoria das nuances político pedagógicas que permeiam o cotidiano escolar, no Pará o processo já tinha começado anteriormente, porém não foi levado a sério pelos antigos gestores estaduais que preconizavam mais o marketing governamental do que a essência das políticas públicas educacionais voltadas para a melhoria da qualidade do ensino e de melhores condições para o trabalho docente.
Muito tem-se feito para esta melhoria, mas continuo afirmando que apenas um segmento focando determinado fator de ajuste, não caminhará para o sucesso, mas...com certeza se perderá por falta de parcerias que venham a sinergizar o foco das ações, a família sem dúvida tem papel preponderante neste momento, mas também a articulação de professores e técnicos em consonância com um projeto educacional formatado de forma coletiva e equânime talvez seja a luz que falta no final desse caminho tortuoso que temos enfrentado a mais de duas décadas. Teorizar é bom! mas, acredito não mais ser este o momento para tal, é necessário, unirmo-nos, arregaçarmos as mangas de nossas virtudes e somatizarmos esforços em busca de uma educação mais positiva e, democratizante e voltada para a formação de verdadeiros cidadãos.

sábado, 26 de maio de 2007

Educação: o melhor rumo para o fim da barbárie social

Quando ainda menino, na cidade de Belém-PA, onde nasci, meu Pai um caboclo carpinteiro/marceneiro de profissão dizia sempre para mim e meus irmãos... vocês são filhos de gente humilde, porém decente, e a única saída e herança que tenho prá deixar à vocês é o estudo! pois só assim serão alguém na vida... e nós irmãos seguimos ao pé da letra o que nosso pai nos falava sempre, e não nos intimidamos com as dificuldades da época, estudamos em escola pública, saíamos bem cedo de casa e atravessávamos algumas ruas até chegar a Praça Batista Campos, onde no lado oposto ficava a nossa escola na época chamada de Grupo Escolar José Veríssimo, coincidência o patrono da escola era Obidense como meu pai e minha mãe, o tempo decorreu e fui galgando outros níveis de ensino, passei no "exame de admissão" e fui cursar o Ginásio no outrora Instituto de Educação Estadual Deodoro de Mendonça, onde também estudei o segundo grau(hoje ensino médio) , depois fiz Faculdade, parte em Belém e outra parte em São Paulo, participei ativamente no início da década de oitenta no ME(movimento estudantil), onde conheci figuras de renome na política estudantil nacional e regional como Javier Alfaya, Marcelo Barbiéri, Aldo Rebelo, Fernando Hadad, Itajaí Albuquerque, Jocelin de Lima(quase irmão...), Rômulo Paes de Souza(meu colega no antigo primário), Sérgio Carneiro, Fernando Carneiro, João Batista, Paulo Ferro, Edilza Fontes, Chiquinho Weyl, Paulinho Pereira, Bernadete Menezes, Ana Maneschi, Ida Selene Sirotheau, Gilvan Borges, Ronaldo Pinheiro Borges, Carlos Lobato, Ailton Asdrubal Cardoso Guedes, Jerceu Leão, Alberto Damasceno(Pim Pim), Ricardo Dias, e tantos outros que fizeram e ainda fazem parte de meu constante aprendizado nesta universidade chamada VIDA.
A época era de perseguição a liberdade de ação e luta, muitos se perderam no caminho, muitos desapareceram, outros morreram, mas...as sementes daqueles anos de semeadura intelectual sócio-política enfim começam a despontar no horizonte, os sonhos de ontem são a realidade de hoje, e se não soubermos cultivar o presente com sabedoria e firmeza, o futuro poderá vir a ser o passado sombrio que um dia este país enfrentou. Os valores de hoje não mais são os mesmos de ontem, a família e a sociedade não são parceiras da escola como deveriam e isso é um sobre peso nas ações do estado, a educação que antes definhava, hoje está em em estado terminal, e o reflexo disso é o aumento constante da violência e o mêdo se sobrepóndo a esperança. Nossos jovens já não podem perfazer o mesmo caminho que dantes eu perfazia no percurso casa-escola, sem uma ponta de desconfiança e insegurança, as discussões hoje, são minimalistas, não tem um fundo de tenacidade baseada na fundamentação teórica de seus interlocutores, a fala e a escrita estão mais pobres, pululam no meio acadêmico titulações de Mestres e Doutores sem embasamento teórico-crítico, porém o cartorialismo é ainda marca sinônima de capacidade, isso é lastimável!
Não vejo outra forma de erradicar a bestialização do ensino senão por um antídoto de largo espectro chamado EDUCAÇÃO, mais...não essa educação mascarada que está sendo perpassada para grande parte da população brasileira, sim uma EDUCAÇÃO centrada cono tripé qualidade, eficiência e criticidade, sem o qual estaremos fadados a nos tranformar em "leitores de almanaque", como aquele crítico de literatura da TV Liberal, João Carlos Pereira, sinônimo de leitor de prefácio de livros, este tipo de cidadão é fruto de uma sociedade que está sofrendo em sua cerne a desqualificação na qual a educação em nosso País e em nosso Estado principalmente foi fadada, quisera pudéssemos ter o dom do ilusionista David Cooperfield para transformar num passe de mágica através da educação nossa sociedade em um perfil mais fraterno, justo e feliz.